BELO HORIZONTE / MINAS GERAIS / BRAZIL (0593 / 5.570) POPULAÇÃO: 2.521.564 PESSOAS (IBGE 2020)




Inspirada em Paris e Washington, a partir de uma nova concepção estética urbana, com largas avenidas, ruas simétricas e arborizadas, bulevares, praças, jardins e um moderno sistema de transportes.


MINEIRÃO E MINEIRINHO NA PAMPULHA EM BELO HORIZONTE, MG
SEJA BEM VINDO A CAPITAL DA MINAS GERAIS. SEJA BEM VINDO A BELO HORIZONTE. A CIDADE JARDIM
imagem - Paulo Yuji Takarada
ROTEIRO IDEAL PARA UM FIM DE SEMANA EM BELO HORIZONTE, MG
Belo Horizonte é uma cidade que mistura modernidade com ares de interior. Localizada entre montanhas, rodeada por cachoeiras e cidades históricas, a capital de Minas Gerais conta com um valioso patrimônio arquitetônico que mistura construções clássicas e as linhas curvilíneas de Oscar Niemeyer.
Suas praças dividem o espaço com ótimos museus, como o Memorial Minas Gerais – Vale, que mal se instalou na Praça da Liberdade e já recebeu o prêmio de Novidade do Ano no GUIA QUATRO RODAS Brasil.
Projetada por Niemeyer, a Casa do Baile faz parte do Complexo Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais (Acervo Setur-MG)
A gastronomia não fica de fora. Tem pra todos os gostos: dos restaurantes italianos e franceses com pratos refinados até os botecos que servem boas cachaças acompanhadas de petiscos bem mineirinhos. Essa culinária boêmia deu origem ao concurso Comida di Buteco, que começou em “Beagá” e se espalhou para outras quinze cidades do Brasil.
Na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, Minas Gerais, o Espaço TIM UFMG do Conhecimento é conhecido como "o planetário", devido à sua principal atração (Carolina Paschoal)
DIA 1
Nossa jornada tem início na Savassi, um dos bairros mais vibrantes de Belo Horizonte. Comece o dia com uma caminhada na Praça da Liberdade. Seus jardins, inspirados no francês Palácio de Versalhes, são um convite aos passeios matinais.
Ao seu redor estão construções do século 19, como o Palácio da Liberdade, um dos cartões postais da cidade (aberto aos domingos das 9h às 12h30 para visitantes), dividem a cena com o design moderno do Edifício Niemeyer.
Mais de 2 mil peças dos séculos 18 ao 20, vídeos e jogos interativos explicam o surgimento de diversas profissões no Museu de Artes e Ofícios (Divulgação)
Aproveitando que está aqui, percorra os principais museus do Circuito Cultural da Praça da Liberdade. O projeto do governo do estado prevê doze atrações, oito já estão em funcionamento. Inicie o passeio pelo Memorial Minas Gerais – Vale, que conta a história da terra do ouro utilizando instalações interativas.
Seis ícones da história mineira foram homenageados: Lygia Clark, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Sebastião Salgado, Humberto Mauro e Milton Nascimento, todos com espaços dedicados às suas obras.
Uma das mais tradicionais de Belo Horizonte, a Sorveteria São Domingos oferece sorvetes de fabricação própria. Jabuticaba, cupuaçu, jaca e tamarindo estão entre os sabores mais exóticos. Amarula, pistache, coco, nozes, manga e chocolate têm boa saída (Carolina Paschoal)
Atravesse a rua para conhecer o planetário do Espaço TIM UFMG do Conhecimento. O ideal é chegar 30 minutos antes da sessão porque só há 65 lugares. Após aprender sobre as estrelas e constelações, visite o Museu das Minas e do Metal – EBX, no mesmo quarteirão.
O casarão, que já abrigou a Secretaria da Educação, possui um acervo interativo e um elevador que simula uma descida a uma mina. Como essas duas atrações abrem tarde, talvez valha a pena ter que optar por uma delas e fazer um passeio mais calmo, sem correrias.
Vista da praça do Papa, em Belo Horizonte, Minas Gerais
É hora de rumar para o centro e matar a fome em um dos botecos do Mercado Central. No segundo andar fica o badalado Casa Cheia. Não deixe de provar as almôndegas exóticas, com carne de sol, recheadas com queijo e acompanhadas de creme de abóbora com manjericão.
Após forrar o estômago faça valer o passeio: ande pelas 450 barracas e vivencie as cores, os aromas e os sabores do mercadão.
Procure por delicias típicas mineiras como o queijo minas, o doce de leite ou até por uma cachacinha. A Banca do Ronaldo (lojas 34 e 141) conta com 450 rótulos para você presentear o amigo que gosta de uma branquinha para abrir o apetite.
Feijão-Tropeiro, receita de Nelsa Trombino, chef e dona do restaurante Xapuri, em Belo Horizonte, Minas Gerais (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)
Siga para o Museu de Artes e Ofícios na Praça Rui Barbosa. Com mais de duas mil peças dos séculos 18 ao 20 você irá viajar pela história de diferentes profissões em um verdadeiro tributo aos trabalhadores brasileiros.
No fim da tarde vá ao Parque Municipal na Avenida Afonso Pena. Passeie pelos jardins, caminhe em volta do lago e visite o orquidário. Ao lado fica o Palácio das Artes, que recebe shows e teatros.
O Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte, Minas Gerais, é um tributo aos trabalhadores brasileiros (Sérgio Mourão/Acervo Setur-MG)
Passe na esquina da Av. Getúlio Vargas com a rua Santa Rita Durão onde fica a Sorveteria São Domingos, uma das mais tradicionais de Belo Horizonte. Os sorvetes de fabricação própria são apreciados desde a década de 30. Cupuaçu, jabuticaba e tamarindo estão entre os sabores mais exóticos. Opções como chocolate, coco, amarula e pistache têm bastante saída.



Se preferir volte ao hotel para se refrescar antes do jantar. Vá ao italiano Vecchio Sogno (duas estrelas no GUIA QUATRO RODAS) provar as massas e pães artesanais do chef Ivo Faria. Para um ambiente mais descontraído botecos como Café Palhares e Chef Túlio estão sempre agitados à noite.
Se ainda tiver pique, a Obra Bar Dançante, na Savassi, tem shows às quartas e quintas e Dj’s às sextas e sábados.
Uma das salas no Memorial Minas Gerais – Vale, em Belo Horizonte, Minas Gerais, abriga a obra “O Povo Mineiro” (Divulgação)
DIA 2
Após um dia explorando a área central de Belo Horizonte, é hora de conhecer o Complexo Arquitetônico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer, a pedido do então prefeito Juscelino Kubitscheck, para ser o mais belo bairro do Brasil. As construções, que contornam a lagoa e viraram símbolo da cidade, dividem o espaço com jardins de Burle Marx. Vá de carro para ver todas, pois são 18 quilômetros a serem percorridos.
É muito difícil sair de Belo Horizonte sem levar uma cachaça tipicamente mineira para casa (Heudes Regis)
Comece pela Igreja de São Francisco de Assis, um dos ícones da capital mineira, que une as linhas arrojadas da arquitetura de Niemeyer com a sensibilidade da pintura de Cândido Portinari. O painel de azulejos do pintor adorna a construção do arquiteto. Visite depois a Casa do Baile. Com suas formas sinuosas, a construção parece uma continuidade da lagoa. Se tiver tempo sobrando, vá ao Museu de Arte da Pampulha.
O prédio, que funcionou como cassino, já é uma obra de arte. Trabalhos de Portinari, Di Cavalcanti, Guignard, entre outros grandes artistas, estão no acervo do museu.
Localizada no Complexo Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, a Igreja de São Francisco de Assis junta a genialidade de Oscar Niemeyer à de Cândido Portinari. É um dos símbolos mais admirados de Minas Gerais
Pertinho do Complexo da Pampulha está o Zoológico, que acaba de ganhar um aquário com 1 200 peixes (50 espécies diferentes) do Rio São Francisco. Pelas ruas do parque você irá achar mais de 200 espécies de animais e um borboletário com mais de 1 000 insetos.
Aproveite que está na região para almoçar em um dos restaurantes mais famosos da capital, o estrelado Xapuri. O restaurante comandado pela chef Nelsa Trombino serve pratos típicos da culinária mineira.
A Praça da Liberdade tornou-se o centro da cultura da cidade em 2010. Com edifícios do século 19 convertidos em museus, é o pedaço mais vibrante da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais (Henry Yu)
Para o final de tarde veja o pôr do sol na Praça do Papa, uma das vistas mais belas da cidade. Aproveite para passar na folclórica “Rua do Amendoim”. Qualquer belo-horizontino irá dizer que é só desligar o carro e tirar o pé do breque para o veículo começar a subir a ladeira.
Está com fome? Escolha entre um dos restaurantes estrelados da cidade, como Gomide, Hermengarda, Taste-Vin ou rume para a Rua Barreiro de Baixo e conheça o Bar do Zezé, tricampeão do concurso Comida di Buteco de Belo Horizonte.
O último prato premiado foi o músculo cozido com feijão andu, calabresa, bacon e mandioca amarela na manteiga de garrafa, campeão de 2011.
Cercado por um majestoso jardim botânico, com restaurantes, lanchonetes, monitores, limpeza e conservação impecáveis, o Instituto Inhotim localizado em Brumadinho, Minas Gerais. É um excelente passeio para quem está em Belo Horizonte com tempo de sobra. São somente 63 quilômetros para conhecer o maior centro de arte contemporânea a céu aberto do mundo
Para fechar a noite no estilo sertanejo vá ao Alambique, na Avenida Raja Gabaglia, e aproveite para experimentar a Cachaça Germana, de fabricação própria. Se preferir shows de rock faça a balada no Jack Rock Bar, na Avenida do Contorno.
Importante: não comece, nem termine, suas 48 Horas em Belo Horizonte numa segunda-feira. Nestes dias boa parte dos museus, e até alguns espaços públicos, estão fechadas para o público.
Não é exagero dizer que, nas 450 barracas no Mercado Central de Belo Horizonte, Minas Gerais, vende-se de tudo. Há turistas procurando delícias tipicamente mineiras e mineiros abastecendo a casa de legumes, frutas e... delícias tipicamente mineiras! (Fernando Piancastelli)
Por Fábio Paschoal
Se você tem mais dias em Belo Horizonte
Não deixe de visitar o Instituto Inhotim, em Brumadinho, a 63 quilômetros da capital. Possui centenas de obras de arte contemporânea expostas entre palmeiras, eucaliptos e lagos. Também é possível fazer um bate e volta à histórica cidade de Ouro Preto.
AQUI O PALÁCIO DA LIBERDADE, SEDE DO GOVERNO DA CIDADE DE BELO HORIZONTE, MG 
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COMO BELO HORIZONTE, MG COMEÇOU
A escolha do local levou em conta a proteção contra os ventos frios e úmidos garantida pelas Serras do Curral e de Contagem, com mananciais de água de boa qualidade e suficientes para abastecer sua futura população. Planejada para abrigar cerca de 400 mil habitantes, a capital foi inspirada em cidades modernas do mundo como Paris e Washington, a partir de uma nova concepção estética urbana, com largas avenidas, ruas simétricas e arborizadas, bulevares, praças, jardins e um moderno sistema de transportes.
E com efeito, surgia a cidade nova com seu traçado de admirável simetria exibindo um vistoso tabuleiro de amplas ruas e avenidas, imponentes edifícios públicos - Palácio, Secretarias de Estado, confortáveis residências ao gosto da época em contraste com alguns prédios antigos, e a bela estação da Central do Brasil cujo ramal férreo também fora construído.
ESTAÇÃO DA CENTRAL DO BRASIL EM BELO HORIZONTE, MG
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imagem - Montanha
REGIMENTO DE INFANTARIA DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Ronald Luiz
PALÁCIO DA LIBERDADE NOS DETALHES EM BELO HORIZONTE, MG
imagem - Montanha
O conjunto arquitetônico da Pampulha, criado por Oscar Niemeyer, que se tornou referência e influenciou toda a arquitetura moderna brasileira. Composto pela Igreja de São Francisco de Assis, o Iate Tênis Clube, a Casa do Baile e o Cassino, hoje, Museu de Arte da Pampulha, esses equipamentos circundam a Lagoa da Pampulha, construída na década de 40, quando o prefeito era Juscelino Kubitscheck.
Os jardins do paisagista, Burle Marx, a pintura de Cândido Portinari e as esculturas de Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa completam e valorizam o projeto concebido para a Lagoa. A capital ganhou os serviços de ônibus elétricos e sua vida cultural tornou-se mais efervescente, com a proliferação de cafés, bares, restaurantes, teatros e imprensa local.
IGREJA DE SÃO FRANCISCO NA PAMPULHA EM BELO HORIZONTE, MG
imagem - João Cassiano
A FAMOSA LAGOA NO BAIRRO PAMPULHA EM BELO HORIZONTE, MG
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O ENTORNO DA LAGOA DA PAMPULHA ONDE AS PESSOAS FAZEM CAMINHADAS.
imagem - José Gustavo A. Murta
MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM DE BELO HORIZONTE, MG
Ponto central do povoado. Construída em estilo colonial, e reconstruída em 1932, em estilo neo-gótico e a edificação que abriga hoje o museu Abílio Barreto, o local foi originalmente sede da Fazenda do Córrego do Leitão, construída pelo curralense José Cândido Lúcio da Silveira, por volta de 1883.
imagem - Montanha
imagem - Ronald Luiz
O ESTÁDIO GOVERNADOR MAGALHÃES PINTO (MINEIRÃO)
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Foi assim que entre ruidosas e justas comemorações a cidade viu nascer à nova capital de minas no dia 12 de dezembro de 1897 em ato público soleníssimo, presidido pelo Dr. Crispim Jacques Bias Fortes, então presidente de Minas. A cidade custara aos cofres do estado a importância de 36 mil contos de reis.
Ao ser inaugurada, Belo Horizonte contava com uma população de 10.000 habitantes.
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IGREJA DE SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS EM BELO HORIZONTE, MG
imagem - Altemiro Olinto Cristo
PRAÇA FLORIANO PEIXOTO EM BELO HORIZONTE, MG
imagem - SG Tangel
PRAÇA DE ESPORTES DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Montanha


PRAÇA DO PAPA EM BELO HORIZONTE, MG
imagem - Paulo Yuji Takarada
imagem - Paulo Yuji Takarada
imagem - Paulo Yuji Takarada
PALÁCIO DAS ARTES DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - SG Tangel
PARQUE MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Montanha
PARQUE DAS MANGABEIRAS DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Lana Maria
imagem - Paulo Yuji Takarada
ESTAÇÃO DA CIÊNCIA E CULTURA DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Paulo Yuji Takarada
ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA CENTRAL DO BRASIL DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Hélio Junior
SEDE DO GOVERNO MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Wikipédia
PIRULITO DA PRAÇA SETE EM BELO HORIZONTE, MG
imagem - Wikipédia
PARQUE DAS MANGABEIRAS DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Wikipédia
PORTARIA DE ENTRADA DO PARQUE DA PAMPULHA EM BELO HORIZONTE, MG
imagem - Wikipédia
SEDE DO PODER LEGISLATIVO (CÂMARA MUNICIPAL) DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Wikipédia
PRAÇA RUI BARBOSA (OU PRAÇA DA ESTAÇÃO) DE BELO HORIZONTE, MG
A praça Rui Barbosa é uma praça situada na região central da cidade de Belo Horizonte. Eh mais conhecida como praça da estação por estar localizada em frente ao prédio da antiga estação da estrada de ferro Central do Brasil, hoje Museu de Artes e Ofícios (mao). A entrada da estação central do metrô de belo horizonte também está situada nesta praça.
imagem - João Cassiano
O BANDEIRANTE ORTIZ QUE DEU INÍCIO A CIDADE DE BELO HORIZONTE, MG
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A IGREJA DE SÃO FRANCISCO NA PAMPULHA VISTA DE OUTRO ÂNGULO. EM BELO HORIZONTE, MG
imagem - Wikipédia
PARQUE MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, MG
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SERRA DO CURRAL NO ENTORNO DE BELO HORIZONTE, MG
imagem - Paulo Yuji Takarada
imagem - Lana Maria
Código do Município - 3106200
Gentílico - Belo-Horizontino
Prefeito 2017 / ALEXANDRE KALIL
População no último censo [2010] - 2.375.151 pessoas 
Densidade demográfica [2010] - 7.167 hab/km²
A cidade tinha uma população de 2.375.151 habitantes no último Censo. Isso coloca a cidade na posição 1 dentre 853 do mesmo estado. Em comparação com outros municípios do país, fica na posição 6 dentre 5570
Pessoal ocupado [2015] - 1.387.398 pessoas 
População ocupada [2015] - 55,4 % 
Área da unidade territorial [2016] - 331,401 km² 
Esgotamento sanitário adequado [2010] - 96,2 % 
Arborização de vias públicas [2010] - 82,7 % 
Urbanização de vias públicas [2010] - 44,2 %

Gentílico: belo-horizontino 
HISTÓRICO 
Foi à procura de ouro que, no distante 1701, o bandeirante João Leite da Silva Ortiz chegou à serra de Congonhas. Em lugar do metal, encontrou uma bela paisagem, de clima ameno e próprio para a agricultura. Resolveu ficar: construiu a Fazenda do Cercado, onde desenvolveu uma pequena plantação e criou gado.


O progresso da fazenda logo atraiu outros moradores e um arraial começou a se formar em seu redor. Viajantes que por ali passaram, conduzindo o gado da Bahia em direção às minas, fizeram da região um ponto de parada. O povoado foi batizado de Curral del Rei. Da serra de Congonhas mudou-se o antigo nome: é hoje a nossa Serra do Curral. Nossa Senhora da Boa Viagem, a quem os forasteiros pediam proteção, tornou-se padroeira do local.
Aos poucos, o Curral del Rei foi crescendo, apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na fabricação de farinha. Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se pela região: produzia-se algodão, fundia-se ferro e bronze. Das pedreiras, extraía-se granito e calcário. Frutas e madeiras eram vendidas para outros locais.
Com a decadência da mineração, o arraial se expandiu. Das 30 ou 40 famílias existentes no início, saltou para a marca de 18 mil habitantes. Elevado à condição de Freguesia, mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del Rei englobava as regiões de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria (Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso. Vieram as primeiras escolas, o comércio se desenvolveu. No centro do arraial, os devotos ergueram a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem.
Esse ciclo de prosperidade, contudo, durou pouco. As diversas regiões que constituíram o arraial foram se tornando autônomas, separando-se dele. A população rapidamente diminuiu e a economia local entrou em decadência. Já no final do século passado, restavam mais de 4 mil habitantes. 
A Proclamação da República, em 1889, vem trazer aos curralenses a esperança de transformações.
Para entrar na era que então se anunciava, deixando para trás o passado monárquico, aos sócios do Clube Republicano do arraial propuseram a mudança de seu nome para Belo Horizonte. Foi nesse clima de euforia que os horizontinos receberam a notícia da nova construção da nova capital.
Durante três dias o arraial se pôs em festa, com missa solene, discursos, bandas de música e bailes. Seus habitantes já sonhavam com modernização e o progresso que a capital traria para a região. Nem imaginavam que, nos planos dos construtores, não havia espaço reservado para eles.
A discussão sobre a mudança da capital mineira não surgiu no século passado; era, ao contrário, uma ideia muito antiga. A primeira tentativa de transferir a sede do Governo para uma cidade diferente de Ouro Preto data de 1789, quando os inconfidentes planejaram instalar a capital de sua república em São João Del Rei.

Depois disso, mais quatro tentativas foram feitas, todas fracassadas. A questão só veio a ser considerada após a Proclamação da República. Só que dessa vez, não se trava de uma simples transferência, mas a construção de uma nova cidade. 
Em 1891, o presidente do Estado, Augusto de Lima, formulou um decreto determinando a transferência da capital para um lugar que oferecesse condições precisas de higiene. Adicionada à Constituição Estadual, a lei provocou muitos protestos da população ouropretana. Os mineiros dividiram-se entre os "mudancistas", favoráveis à nova capital, e os "não-mudancistas". Cada um desses grupos fundou seu jornal, promovendo reuniões e debates.

O Governo Estadual, enfrentando essas disputas, criou uma Comissão de Estudos para indicar, dentre cinco localidades, a mais adequada para a construção da nova cidade. O Congresso mineiro, a quem cabia a decisão final, votou a favor de Belo Horizonte. Assim, a 17 de dezembro de 1893, a lei n.º 3 foi adicionada à Constituição Estadual, determinando que a nova sede do Governo fosse erguida em Belo Horizonte, chamando-se Cidade de Minas. 
No prazo máximo de quatro anos, a capital deveria ser inaugurada. A lei criava ainda a Comissão Construtora, composta de técnicos responsáveis pelo planejamento e execução das obras. Em sua formação, estavam alguns dos melhores engenheiros e arquitetos do país, chefiados por Aarão Reis.


Belo Horizonte foi inaugurada a 12 de dezembro de 1897, por uma exigência da Constituição do Estado, porém sua construção não estava finalizada devido as crises que acometiam o país que limitava recursos para finalização do projeto. 
Nas duas primeiras décadas do século XX, Belo Horizonte viveu, alternadamente, períodos de grande crise e surtos de desenvolvimento. As fases de maior crescimento corresponderam aos anos de 1905, 1912-13 e 1917-19.
AQUI A BANDEIRA DA CIDADE DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS 
ESTE EH O BRASÃO DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS 
Fonte dos textos e fotos: IBGE / Thymonthy Becker / Portal do Governo de Belo Horizonte, MG / Wikipédia / viagemeturismo.abril.com.br / Charlie Styforlamber /

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